terça-feira, 9 de julho de 2013

Brasil quer tirar internet das mãos americanas

Itamaraty não considera saudável que o controle da rede seja restrito a apenas um país

Reprodução
Internet
Incomodado com a espionagem amaricana sobre seus cidadãos, o governo brasileiro pedirá ajuda de países europeus para descentralizar o controle da internet, há décadas nas mãos dos Estados Unidos.

Desde que foi estruturado, o ambiente online é gerido pelos americanos. Cabe à Internet Corporation for Assigned Names and Numbers (ICANN) distribuir os Protocolos de Intternet (IP), usados para reconhecer os computadores, e controlar os nomes de domínio.

Embora mantenha um conselho administrador formado por representantes de vários países, a ICANN é conduzida pelo Departamento de Comércio dos EUA. Este órgão é responsável pelas alterações nos chamados servidores-raiz, grupo dos 13 maiores servidores mundiais. Nada muda sem que o setor esteja de acordo.

Embora reconheça que o sistema funcione, o Itamaraty recomenda o compartilhamento do controle. "Achamos que é saudável haver uma democratização no gerenciamento da Internet e isso pode ser agora objeto de uma discussão multilateral", afirmou o embaixador Tovar Nunes, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, ao Estadão Conteúdo.

O governo brasileiro acredita que o recente caso de espionagem pode contribuir para o avanço das discussões e pede a volta dos debates acerca do assunto. Por duas vezes o tema esteve em pauta, em Genebra, em 2003, e em Túnis, em 2005. Apesar da criação de um grupo de traballho, quase não houve melhorias.

Desta vez, o Brasil planeja levar a discussão à União Internacional de Telecomunicações e a duas comissões da Assembleia Geral responsáveis por tecnologia de informação e fluxo de informações.

Fonte: Olhar digital

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