Uma pesquisa brasileira com o objetivo de combater a Aids começará a ser testada em macacos, conforme informou a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), na última segunda-feira, 5.
Batizado de HIVBR18, o imunizante será testado nos próximos dois anos. Os cientistas estimam que, no estágio atual de desenvolvimento, a vacina não eliminaria totalmente o vírus do organismo, mas manteria a carga viral reduzida a ponto de a pessoa infectada não desenvolver a imunodeficiência e, consequentemente, não transmitir o vírus.
Os pesquisadores analisaram o sistema imunológico de um grupo especial de portadores do HIV que mantinham o vírus por controle por mais tempo do que a maioria. Constatou-se, então, que a quantidade de linfócitos T do tipo CD 4 – o principal alvo do vírus HIV – no sangue destas pessoas era mais elevada do que o normal.
Os estudos avançaram e, recentemente, uma versão evoluída da vacina foi testada em camundongos. Há a esperança de que ao menos o HIVBR18 possa ser usado para fortalecer o efeito de outras vacinas contra a Aids.
Os primeiros experimentos começarão com um grupo de macacos do Instituto Butantã, um dos principais centros científicos públicos do Brasil, vinculado à Secretaria de Saúde de São Paulo.
Os primeiros experimentos começarão com um grupo de macacos do Instituto Butantã, um dos principais centros científicos públicos do Brasil, vinculado à Secretaria de Saúde de São Paulo.
A inovação foi desenvolvida e patenteada pelos pesquisadores da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), Edecio Cunha Neto, Jorge Kalil e Simone Fonseca. Atualmente, o projeto é conduzido no âmbito do Instituto de Investigação em Imunologia, um dos Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia (INCTs), um programa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), apoiado pela Fapesp no Estado de São Paulo.
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