Em entrevista na última quarta, dia 3, o diretor de gestão de pessoas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), José Nunes Filho, tranquilizou os milhares de candidatos que sonham em ingressar na instituição ao garantir que, uma eventual troca de comando no Ministério da Previdência, em nada afetará os rumos do processo de autorização do concurso para 4.730 vagas em cargos dos níveis médio e superior.
Com um governo que passa por transições gerais e com o nome do ministro da Previdência Social, Garibaldi Alves Filho, podendo não ser confirmado pela presidente Dilma Rousseff para os próximos quatro anos à frente do ministério, alguns concurseiros temiam que abertura do concurso pudesse sofrer um atraso ou adiamento, o que foi rechaçado pelo diretor de gestão de pessoas. “Não altera nada no sentido da importância da manutenção do planejamento até pela importância do INSS e da Previdência Social”, disse.
José Nunes Filho explicou ainda a causa do pedido de concurso ter voltado ao Ministério da Previdência Social na última sexta-feira, dia 28. “Houve o retorno porque, junto com o pedido de concurso, há a solicitação de mudança na estrutura regimental. O motivo de o Ministério do Planejamento ter feito esse retorno foi a questão regimental e não do concurso”, disse. O diretor também falou sobre a importância do concurso ser autorizado. “Precisamos basicamente para manter a qualidade dos atendimentos do INSS.”
As últimas movimentações do pedido de concurso nas instâncias internas do Ministério do Planejamento animaram os interessados, que aguardam ansiosamente a seleção. Somente no último mês, a solicitação passou por quatro setores, o que demonstra a preocupação do Planejamento em dar a autorização o mais rápido possível.
A última movimentação foi o retorno do pedido ao Ministério da Previdência Social, o que, inicialmente, assustou os interessados no concurso, acreditando que o pedido havia sido negado. A posição informada pelo diretor, no entanto, acalma os ânimos e comprova que, sem dúvida alguma, é hora de intensificar os estudos, já que o concurso é uma das prioridades para 2015. Ou seja, o governo, apesar de passar por transições gerais, já está analisando a situação do INSS para autorizar as vagas e, consequentemente, o concurso.
Tal atitude está associada às diversas pressões que sofre em relação à questão previdenciária. Uma delas é carência de pessoal e as aposentadorias previstas no INSS. Dados do próprio instituto informam que 10.106 servidores estão recebendo abono de permanência (correspondente a 26% dos 38.222 servidores ativos), sendo 6.330 técnicos, 14 analistas, 342 peritos e 3.420 de cargos em processo de extinção (1.024 agentes de serviços diversos e 705 datilógrafos).
Diante desse panorama, o Tribunal de Contas da União (TCU) afirmou, em recente auditoria, que, caso o instituto não preencha o seu quadro de pessoal com novos servidores, poderá entrar em colapso.
O ministro Garibaldi Alves Filho e o presidente do INSS, Lindolfo Neto de Oliveira Sales, afirmaram ainda que estçao mantendo conversas com o Planejamento e que a demora da autorização está associada às transições gerais do governo.
O INSS fez um pedido de 2 mil vagas para técnico do seguro social, de nível médio, com remuneração de R$4.400,87, 1.580 de analista do seguro social, de nível superior, com rendimento de R$7.147,12, e 1.150 de perito médico, também de 3º grau, para remuneração de R$10.056,80.
Fonte: Canal dos Concursos