Com um governo que passa por transições gerais e com o nome do ministro da Previdência Social, Garibaldi Alves Filho, podendo não ser confirmado pela presidente Dilma Rousseff para os próximos quatro anos à frente do ministério, alguns concurseiros temiam que abertura do concurso pudesse sofrer um atraso ou adiamento, o que foi rechaçado pelo diretor de gestão de pessoas. “Não altera nada no sentido da importância da manutenção do planejamento até pela importância do INSS e da Previdência Social”, disse.
José Nunes Filho explicou ainda a causa do pedido de concurso ter voltado ao Ministério da Previdência Social na última sexta-feira, dia 28. “Houve o retorno porque, junto com o pedido de concurso, há a solicitação de mudança na estrutura regimental. O motivo de o Ministério do Planejamento ter feito esse retorno foi a questão regimental e não do concurso”, disse. O diretor também falou sobre a importância do concurso ser autorizado. “Precisamos basicamente para manter a qualidade dos atendimentos do INSS.”
As últimas movimentações do pedido de concurso nas instâncias internas do Ministério do Planejamento animaram os interessados, que aguardam ansiosamente a seleção. Somente no último mês, a solicitação passou por quatro setores, o que demonstra a preocupação do Planejamento em dar a autorização o mais rápido possível.
A última movimentação foi o retorno do pedido ao Ministério da Previdência Social, o que, inicialmente, assustou os interessados no concurso, acreditando que o pedido havia sido negado. A posição informada pelo diretor, no entanto, acalma os ânimos e comprova que, sem dúvida alguma, é hora de intensificar os estudos, já que o concurso é uma das prioridades para 2015. Ou seja, o governo, apesar de passar por transições gerais, já está analisando a situação do INSS para autorizar as vagas e, consequentemente, o concurso.
Tal atitude está associada às diversas pressões que sofre em relação à questão previdenciária. Uma delas é carência de pessoal e as aposentadorias previstas no INSS. Dados do próprio instituto informam que 10.106 servidores estão recebendo abono de permanência (correspondente a 26% dos 38.222 servidores ativos), sendo 6.330 técnicos, 14 analistas, 342 peritos e 3.420 de cargos em processo de extinção (1.024 agentes de serviços diversos e 705 datilógrafos).
Diante desse panorama, o Tribunal de Contas da União (TCU) afirmou, em recente auditoria, que, caso o instituto não preencha o seu quadro de pessoal com novos servidores, poderá entrar em colapso.
O ministro Garibaldi Alves Filho e o presidente do INSS, Lindolfo Neto de Oliveira Sales, afirmaram ainda que estçao mantendo conversas com o Planejamento e que a demora da autorização está associada às transições gerais do governo.
O INSS fez um pedido de 2 mil vagas para técnico do seguro social, de nível médio, com remuneração de R$4.400,87, 1.580 de analista do seguro social, de nível superior, com rendimento de R$7.147,12, e 1.150 de perito médico, também de 3º grau, para remuneração de R$10.056,80.
Fonte: Canal dos Concursos
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