Conheça a história de quatro executivas que estão mudando a cara de um mercado dominado por homens
Stephanie Kohn
Antigamente o mundo da tecnologia era dominado por homens. Mas, para alegria das feministas, este cenário mudou - e muito. Hoje, muitas mulheres estão tomando as rédeas de grandes empresas de TI como HP, IBM, Intel e Google. No caso das HP, Meg Whitman está no comando geral e, a partir de janeiro, a IBM passará a ser liderada por Virginia Rometty.
De todas, Meg carrega o fardo mais pesado. A executiva, que já passou pela presidência do eBay e pelo Partido Republicano, chega à HP com o objetivo de reestruturar a empresa após a gestão mal sucedida de Leo Apotheker. "Estamos passando por um momento crítico e precisamos renovar nossa liderança para implementarmos com sucesso nossa estratégia de negócios e aproveitarmos as oportunidades que se abrem à nossa frente", comentou Ray Lane, presidente do Conselho de Administração da companhia durante o anúncio do nome da presidente.
Apotheker passou por alguns dilemas no comando da HP. Se a fabricante investisse no acompanhamento do crescimento da Apple - que afetou as vendas de PCs com seu iPad –, os lucros da companhia seriam inevitavelmente menores. A partir daí, não haveria muita margem para grandes resultados no curto prazo, já que o setor de PCs é altamente competitivo. Então, o executivo decidiu redirecionar a fabricante para o mundo do software e abandonar a produção de PCs. Porém, a manobra não foi bem vista pelo mercado e Leo acabou sendo substituído.
Com isso, logo no início de sua gestão, Meg foi obrigada a desfazer algumas das decisões de seu antecessor, como anunciar que a empresa manteria sua divisão de PCs e a retomada da produção de tablets para o mercado corporativo, evitando a acirrada concorrência com o iPad. "Queremos crescer no setor de software, mas sem abandonar os computadores", disse a CEO durante o anúncio.
As resoluções da nova presidente foram vistas com bons olhos pelos analistas. Rob Enderle, do Enderle Group, considerou a desistência do spinoff muito positiva. "Isso mostra que ela toma decisões coerentes e será difícil de ela se enganar e fazer algo estúpido", considera Enderle. "Acho que esta é mais uma prova de que fizeram bem em trazer Whitman para endireitar o navio", concluiu.
Já Virginia Rometty assume o leme da IBM em situações bem mais confortáveis. O maior desafio da executiva é dar continuidade ao trabalho bem executado de seu sucessor Samuel Palmisiano, que colocou a empresa de volta à ativa. Em outubro de 2011, após 15 anos, a fabricante voltou a ser mais valiosa do que a Microsoft. A empresa superou a companhia de Bill Gates em valor de mercado e virou a quarta maior do mundo. Atualmente, o valor da IBM é de US$ 203,8 bilhões, contra US$ 203,7 bilhões da Microsoft.
Neste "mar de rosas", a executiva inicia suas atividades como presidente-executiva da companhia a partir de janeiro de 2012, data em que deixa a vice-presidência de vendas, marketing e estratégia. "Ela é mais do que uma admirável executiva operacional", disse Palmisano ao divulgar o nome da sucessora. "Ela traz para o cargo de CEO uma combinação única de visão, foco no cliente, implacável direção, além de paixão pelos funcionários e futuro da empresa", concluiu. Em troca, Virginia afirmou que não existia maior prazer do que liderar a IBM, especialmente neste momento da companhia.
Em 100 anos de história, esta será a primeira vez que uma mulher vai conduzir a IBM. Desde que o ex-CEO completou 60 anos e pensou em abandonar o cargo, Virginia foi citada como a pessoa mais preparada para assumir a presidência global da companhia. A executiva, que trabalha há três décadas na fabricante, ganhou notoriedade quando liderou o processo de integração com a consultoria Price Waterhouse Coopers. Uma de suas tarefas foi transformar a IBM em uma fornecedora de soluções.
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Fonte: Olhar digital
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