Muita gente pensou que eles estavam mortos, mas a conexão com internet dá outra 'cara' aos terminais públicos
Muita gente nova sequer chegou a usar um; no máximo, se interessaram por uma ação que os deixava assim, mais atraentes e bonitos na foto. Principalmente nas grandes cidades, eles foram esquecidos. Mas para quem pensou que os “orelhões” estavam mortos, eis que surge a novidade...
Visualmente, o novo aparelho é bastante similar aos antigos – inclusive, funciona com o mesmo sistema de cartões desenvolvido 20 anos atrás. A diferença é que este novo orelhão traz mais do que o serviço de voz. Além de poder fazer uma chamada telefônica, dá também para acessar a internet, enviar mensagens de texto e até consultar o que tem de interessante à sua volta.
Se por fora ele lembra seu antecessor, por dentro, o novo aparelho é muito mais parecido com um computador; aliás, é um computador. O novo orelhão é 100% digital, até no serviço de voz.
"Ele funciona por voz via IP, né? Então voz e imagem vêm pela internet, e a voz é digitalizada. Não tem mais a parte analógica", explica Marcos Aurélio Pegoreti, gerente de tecnologia do CPqD, conceituado polo brasileiro de tecnologia.
Mesmo sem um GPS embutido, como o orelhão – claro – é fixo, ele traz também um serviço de localização com mapa da região e os principais pontos de interesse ao redor; caso você deseje visitar algum desses lugares, o aparelho ainda traça a melhor rota pra você não se perder.
"Além de tudo, a operadora e os estabelecimentos podem explorar a parte comercial disso", diz Pegoreti.
Outra coisa muito legal nesse novo terminal público, que levou quatro anos para ser desenvolvido, é a possibilidade de realizar uma videochamada. Através de uma microcâmera instalada logo acima da tela, você pode conversar em vídeo com outro orelhão similar ou até com outro dispositivo que permita fazer uma chamada em vídeo. Interessante também é que a videochamada possibilita que deficientes auditivos usem o aparelho conversando através da libras, a língua brasileira de sinais.
Por último, mas não menos interessante, o novo orelhão vai funcionar como ponto de acesso à internet sem fio. Ou seja, sempre que você estiver perto de um e quiser acessar a web através do seu tablet, smartphone ou laptop, basta utilizar o serviço. Até 20 pessoas podem se conectar ao aparelho simultaneamente. Esta opção, inclusive, é vista como uma possibilidade para desafogar o 3G em regiões onde a movimentação de pessoas conectadas é muito grande.
A questão agora é: será que as pessoas vão mesmo deixar de usar seus telefones celulares e voltar a dar atenção aos orelhões? Um dos riscos vem dos vândalos de plantão. Esta é uma aposta que as operadoras de telefonia vão fazer, e agora é questão de tempo para vermos estes novos orelhões já espalhados por aí...
"A gente está numa fase de transferência de tecnologia para a indústria, que recebe e se capacita para produzir estes equipamentos. Depois ainda há uma negociação entre o parceiro comercial e a operadora em questão. Aí sim a tecnologia vai para a rua", finaliza o especialista.
Fonte: Olhar digital
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