quarta-feira, 10 de outubro de 2012

BB - Diretor confirma edital para outubro


O edital do concurso para o Banco do Brasil destinado a escriturário sairá em outubro, segundo informou o diretor de Gestão de Pessoas do banco, Carlos Netto, na 3ª Feira da Carreira Pública e Mercado de Trabalho, no Rio de Janeiro. Segundo ele, a organizadora da seleção será a Fundação Carlos Chagas, confirmando o que a FOLHA DIRIGIDA havia divulgado recentemente. 

O próximo concurso será para 15 estados: Mato Grosso, Acre, Amapá, Ceará, Maranhão, Paraíba, Paraná, Piauí, Rondônia, Amazonas, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Roraima, Santa Catarina, Sergipe. A remuneração para o cargo, que exige apenas o nível médio, é de R$2.470,08, sendo R$1.408 de salário, R$352 de gratificação semestral (25% paga mensalmente), R$399,30 de auxílio-alimentação e R$311,08 de cesta-alimentação, para carga de trabalho é de 30 horas semanais. Mais informações sobre o concurso serão divulgadas em breve.

Em sua palestra apresentada no último dia da 3ª Feira da Carreira Pública, Carlos Netto falou da importância de se fazer um planejamento para a própria carreira.  Segundo ele, participar de um concurso público deve ser uma escolha feita com muito cuidado. “A carreira é um plano e também é fruto das nossas escolhas. Antes de tudo devemos escolher qual concurso queremos fazer e, depois disso, a próxima decisão é se inscrever nesse concurso. Por incrível que pareça, uma das coisas que mais eliminam candidato é quando a pessoa pensa em fazer o concurso, mas não se inscreve”, explicou.

Ao falar da importância das escolhas, Netto citou Maquiavel, que filosofou que virtude é a capacidade de planejar e executar o que planejou. “Muitas vezes vejo que há pessoas que não dão valor à virtude de Maquiavel e percebo que o que falta é o bom planejamento, coisa que é fundamental para a construção de uma carreira”, disse. O diretor ainda compara a carreira à massa de um bolo. “Tem gente que acha que investir na profissão é com graduação e especializações. Mas, na verdade, a carreira é como um bolo, ou seja, não podemos deixar desandar. Se há muita farinha de trigo, colocamos fermento, se há fermento, colocamos farinha de trigo. Quero dizer que não adianta ser muito especializada se a pessoa não é capacitada, tem que saber se adequar ao perfil da empresa.”

Ele destaca que é essencial que o candidato reflita o que o motivou a escolher trabalhar no Banco do Brasil, porque o que marca o poder de transformação são as escolhas de cada um. “Há gente que faz o concurso influenciado pelo pai, pela mãe e outros familiares. Mas é você que vai trabalhar lá dentro, então é importante que você queira de verdade estar no banco”, disse. Além disso, Netto considera ser muito importante a identificação com o trabalho e a construção de um significado para o que a pessoa faz. “Temos que estar apaixonados pelo resultado do nosso trabalho, porque ficamos mais tempo trabalhando do que em casa, então precisamos gostar mesmo daquilo que fazemos. Se não nos identificamos, o trabalho fica árido e pesado”, contou.

Sendo assim, ele analisa que quando se compreende o significado do trabalho, há uma energia maior para executá-lo e, portanto, o crescimento profissional é mais visível. “A tarefa da gestão de pessoas é levar essa reflexão aos funcionários do banco, para que elas possam entender que a ascensão profissional só é possível quando gostamos do que fazemos”, afirmou. Durante a palestra, o diretor ainda falou da importância do Banco do Brasil para o país. De acordo com ele, a empresa, com 204 anos de existência, foi a primeira bancária a chegar em regiões onde não havia nenhum outro banco, levando desenvolvimento e tecnologia para lugares distantes. Diante desse cenário, Netto acredita que é imprescindível que o funcionário reconheça o valor do BB para o Brasil.

“Temos uma responsabilidade ímpar e um compromisso com a sociedade, que é a maior acionista do Banco do Brasil. As pessoas que entram devem saber que quanto maior for o nosso trabalho, mais forte ficará a empresa, ou seja, o banco cresce – e está do tamanho que vemos hoje – de acordo com o desempenho dos funcionários”, explicou. O dirigente também informou, em sua apresentação, que boa parte dos funcionários do BB (25,7%) tem entre 46 e 55 anos de idade. Em virtude disso, ele informou que nos próximos anos haverá novos concursos, já que essas pessoas poderão se aposentar, necessitando, assim, que o banco supra essas saídas.

Segundo Netto, o plano de carreiras da empresa conta com um diferencial. “Antigamente, o processo de encarreiramento era por antiguidade, mas esse modelo foi quebrado porque era inadequado. Então, hoje em dia, é diferente, a pessoa ascende por mérito”, disse ele, pontuando os caminhos para esse desenvolvimento profissional, como bolsa de idiomas, bolsas de graduação e pós-graduação, certificações internas, Sistema de Talento e Oportunidades (TAO), entre outros.

O diretor acredita que carreira é uma via de mão dupla e, portanto, deve beneficiar tanto o banco quanto o funcionário. “Somente no primeiro semestre deste ano, demos 1.000 bolsas de pós-graduação e 1.400 de graduação, são números altos para um período de tempo curto. Mas, em contrapartida, cobramos frequência, notas e o término do curso”, concluiu. Ao fim da palestra, ele explicou as mudanças que acontecerão na prova do próximo concurso. Além da inclusão da redação, haverá conteúdos relacionados ao BB e à área de vendas e técnicas de negociação, e ainda modificações na disciplina de Raciocínio Lógico. “O mercado está mudando, então vimos a necessidade de mudar o que cobramos nas provas”, finalizou.

Fonte: Folha Dirigida

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