terça-feira, 25 de dezembro de 2012

Clonagem humana será possível em 50 anos, crê ganhador de Nobel

John Gurdon, cujas pesquisas foram importantes para o surgimento da ovelha Dolly, acredita que vantagens médicas superarão questões éticas


Reprodução
clonagem
Se depender da opinião de John Gurdon, a clonagem humana não está muito longe. O biólogo britânico, vencedor de um prêmio Nobel, acredita que em 50 anos este recurso será uma realidade.

Gurdon foi responsável por pesquisas com clonagem de sapos nos anos 1950 e 1960, que levaram à possibilidade da clonagem da famosa ovelha Dolly em 1996. Entretanto, ele acredita que as técnicas de clonagem deverão melhorar muito ainda antes de serem aplicadas nos humanos. Atualmente, a grande maioria dos clones possuem deformações, aponta o Medical Daily.

Ele entende que há sérias complicações éticas envolvidas na clonagem humana. Contudo, ele acredita que as utilidades médicas que isso pode proporcionar poderão a ajudar a superar a rejeição inicial. Gurdon lembra que também houve resistência quando se iniciaram as primeiras fertilizações in-vitro, mas que, assim que se mostrou uma possibilidade viável e as vantagens apareceram, esse bloqueio diminuiui.

Para o cientista, a clonagem é como produzir um 'irmão gêmeo' e acredita que se houver algo que possa ser feito para aliviar o sofrimento humano, isso deverá ser bem aceito pela população. Em palestras, ele normalmente faz uma pergunta aos presentes. Ele indaga se um casal que perdeu seu filho ainda jovem e perdeu a capacidade de ter novas crianças não teria o direito a um clone do filho, utilizando as células do falecido. Gurdon afirma que as respostas são normalmente 60% positivas.

Entre os argumentos negativos, no entanto, estão o fato de que a criança não se sentiria um 'indivíduo', mas apenas um substituto. "Mas se a mãe e o pai querem seguir este caminho, por que eu ou você devemos impedi-los?", questiona o cientista.
Fonte: Olhar digital

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